Tecnologia e capilaridade serão usadas para aumentar negócios das empresas em clientes de grande porte
Os ataques cibernéticos cresceram 4% na América Latina em 2021 e o Brasil é um dos países mais atacados na região. De acordo com o IDC, as complexidades de cybersecurity e as dificuldades para atração e retenção de profissionais farão com que 76% das empresas busquem serviços especializados.
Os constantes – e cada vez mais complexos – desafios da cibersegurança foram o pontapé inicial para uma nova parceria entre duas grandes empresas no Brasil: a Stefanini Rafael trabalhando com soluções de segurança impulsionadas pela inteligência artificial da IBM.
“Com essa parceria, a IBM oferece tecnologia e a Stefanini Rafael agrega musculatura nessa tecnologia para poder ir ao mercado. O volume dos ataques digitais está crescendo de forma exponencial e nós temos um braço de segurança muito forte. Mas, agora, olhamos primeiro para as nossas parcerias e depois para a IBM. Estamos investindo mais de US$ 1 bilhão no ecossistema globalmente e não tem como termos capilaridade em um país como o Brasil sem parceiros fortes”, comenta Fabrício Lira, diretor de ecossistemas de IBM Brasil.
Em entrevista ao IT Forum, Leidivino Natal, CEO da Stefanini Rafael, complementou explicando ser uma empresa essencialmente de serviços e, como possuem escritórios e equipes em todo o país, são capazes de entregar essa capilaridade. “Por outro lado, entendemos que, com a complexidade dos ambientes, precisamos combinar a capacidade com a capilaridade, com tecnologias de alto nível. Para nós, é essencial ter um módulo de Inteligência Artificial”.
O foco da Stefanini Rafael e da IBM, frisa Natal, são as grandes empresas. Isso porque as companhias trabalharão juntas para oferecer segurança a ambientes complexos, com muitos sites e camadas para proteger. Ou seja, clientes de grande e médio porte.
A parceria, que começou em novembro do ano passado e não tem data para acabar, já tem clientes – ainda que os executivos não abram quantos. Mas, ao serem perguntados sobre as metas, Fabrício é enfático: “eu gostaria que já estivéssemos fazendo transações de bilhão. Quando você olha para as oportunidades, elas são praticamente infinitas. A minha expectativa é que a gente consiga explorar ainda mais dentro do nosso foco”.
“Antes das metas, o importante é termos foco. Nós temos um foco claro de como a gente vai para o mercado e o que não faz parte desse grande objetivo, a gente trabalha como projetos especiais”, complementa Natal.
Entre os diferenciais da negociação, Natal cita o fato da própria Stefanini Rafael usar as tecnologias da IBM. Dessa forma, segundo ele, há uma vantagem de ir ao mercado – pois a empresa já conhece e opera com os produtos.
Por outro lado, Fabrício frisa que globalmente a IBM opera com processos de mais de 150 bilhões de eventos de cibersegurança por dia em mais de 130 países. A empresa possui mais de 10 mil patentes na área e, recentemente, adquiriu mais de 20 companhias para aumentar o seu portfólio.